Depois de
atuar em Segundo Sol, onde
interpretou o delegado Viana e de papeis destacados em novelas globais como Velho
Chico e em Marcas da Paixão, exibida pela Record, bem como no remake
cinematográfico de Gabriela, em O Homem que Não Dormia, de Edgard
Navarro e Aos Ventos que Virão, de Hermano Pena ou ainda de participação
no ultimo filme de Gustavo Bonafé, o ator
Global, Carlos Betão, voltou a Itabuna
onde integrou ao elenco da série O Sindico, dirigida por Betsi de Paula. A
série, de cinco capítulos, em fase de montagem e pós produção, será exibida pela TVI em data a
ser anunciada proximamente.
Bacharel em artes cênicas pela
Universidade Federal da Bahia -UFBa – e com quase quatro décadas
de estrada. Betão lembra que começou sua carreira nos palcos e praças de
Itabuna e Ilhéus, “Comecei no Teatro da AFI, com Pluft,o Fantasminha e a
Bruxinha que era boa, com Leila Chalupp”.
Hoje, com a trajetória consolidada e considerado
um profissional respeitado pelo seu currículo, ele contabiliza a participação em
mais de 14 filmes, 40 peças e diversas novelas na Globo e na Record. Também
destaca que essa volta mesmo temporária a Itabuna, onde nasceu, “foi uma
oportunidade de rever amigos e encontrar pessoas com quem convivi, uma revisita
que estava para fazer e que só foi possível agora, com a filmagem da série”.
Vencedor do prêmio Brasken de melhor
ator com o monólogo Sargento Getúlio, dirigido por Gil Vicente), Betão interpreta
em O Sindico, inteiramente filmado no condomínio Torres da Primavera, com 200 apartamentos,
próximo ao CAIC ,na Urbis IV, um morador politicamente incorreto, homofóbico e
machão.
Ele destaca que o barato da série não
é o fato de ser uma série televisiva, mas o possibilidade “de voltar à minha
cidade e ter um contato direto com artistas da região Sul da Bahia, muitos
deles jovens e com excelente potencial e que vão dar continuidade ao trabalho
que iniciamos e precisa de uma sequência.”
Salienta ainda a oportunidade de
contracenar com atores como o experiente Luís Sérgio Ramos e Jailton Alves, que
interpreta o Sindico, os quais junto com Clara Melo e Betse de Paula também participaram
da elaboração do roteiro. O elenco inclui ainda as participações de Eva Lima, Maria
Sofia, Raquel Rocha, Rogério Thomas, Lila Azevedo e Priscila Coutinho, entre
outros nomes.
Betão observa ainda que além da
integração com outros atores, a filmagem da série possibilitou trabalhar coma
diretora Betsi de Paula, uma artista conhecida nacionalmente e que filmou em
Itabuna uma série a ser exibida através da TVI e “é a capitã deste barco, que
comanda de forma generosa”,
Nos cinco episódios, ele contracena
antagonisticamente com um casal homossexual interpretado pelo experiente
ator Luís Sérgio Ramos (Darci), que atuou
nos palcos do Rio, são Paulo e Salvador,
onde integrou o núcleo do Teatro Castro Alves e Rogério Thomas (Wagner), que tem uma filha
Cleo. O elenco reúne um total de 16
atores de Itabuna, Itororó, Salvador e Rio de Janeiro, além de dezenas de extras,
muitos deles moradores do Torres da Primnavera. O Sindico é interpretado por
Jailton Alves, que já foi síndico do edifício onde morava e que também teve
participações na novela Renascer, da Globo, com locações no eixo Itabuna-Ilhéus.
Para Carlos Betão é elogiável a existência
de uma série produzida para uma emissora do interior como a TVI, sem os
recursos das grandes redes, “o que possibilita à equipe de produção e atores
uma experiência inovadora e ao mesmo tempo lúdica, criativa e minimalista. A
criatividade se manifesta ao tornar visível o invisível, um processo em que
cada um se vira nos 30, 40 e 50 ou mais, mas o que importa é o resultado final
do projeto e a proposta de uma equipe profissional que participa do processo da
produção da série de forma integral e com competência.”(Kleber Torres)