sexta-feira, 4 de novembro de 2016

a decadência e o ocaso de um artista





Baseado numa história real sobre o tempo, a velhice e a decadência, o filme ‘The Great Buck Howard’, que no Brasil foi batizado como  ‘A Mente que Mente’ é narrado a partir de Troy Gable (Colin Hanks), um jovem desiludido com a vida acadêmica na faculdade de Direito e que pretendia ser um escritor. Nesse ínterim, mesmo com a desaprovação do pai (Tom Hanks), ele busca um emprego como produtor artístico e passa a trabalhar com Buck Howard (John Malkovich), que se apresenta como mentalista de sucesso nos anos 70, mas que depois de 40 anos nos palcos, sobrevive fazendo pequenos shows e apresentações mambembes  em pequenas cidade e nos bairros no ocaso de sua carreira.
Howard ainda vive da fama de mais de 60  aparições no programa Tonight Show, com Johnny Carson, onde não aparece nos últimos 10 anos e como estrela de shows em Las Vegas. Ao acompanhar o mentalista,  Troy  passa como seu gerente de produção a descobrir a  magia da  vida e a mentira  por trás dos palcos, onde o artista mesmo em decadência tem de manter as aparências e o glamour do estrelato, o Buck Howard faz com o uso clichês, de frases feitas e com um peculiar e balançado aperto de mãos.
O filme revela que Howard numa primorosa interpretação de Malkovich não  usava a expressão mágico, e se apresentava  como um mentalista, um artista eclético, que misturava em seus shows uma espécie de stand up  sem muito humor associado com números de magia e um faro especial para saber onde estava o dinheiro recebido pelo espetáculo e que era escondido por uma pessoa do público.Ele também fazia hipnose e adivinhava números.
‘A Mente que Mente” foi em realidade baseado numa história real  de um mentalista, George Joseph Kresge, que ficou conhecido nos anos 70 como The Amazing Kreskin. Kreskin a comandar um programa de televisão que foi ar entre 1971 e 1975, e que era conhecido como The Amazing World of Kreskin. Já personagem Troy Gabel é o alter ego do próprio diretor e roteirista Sean McGinly, que foi, durante algum tempo diretor e assistente de produção do fantástico Kreskin quando transitava justamente da fama para o ocaso e a quem o filme também é dedicado. Tanto Kreskin como Howard negavam que usavam ponto para saber onde estava o dinheiro escondido no palco.
O super astro Tom Hanks faz uma pequena participação e investiu na produção do filme. Ele interpreta o pai do assistente de produção, só que na vida real os dois também são pai e filho. Outro destaque na trama é Emily Blunt, que interpreta uma assessora de imprensa que cuida da agenda de comunicação  de Howard, o qual fez com que dezenas de pessoas dormissem  hipnotizadas durante uma grande apresentação.

Mas o espetáculo se frustra em consequência de um acidente de carro com uma figura importante da cidade, atraindo a todos os jornalistas presentes no espetáculo de mentalista e como depois do espetáculo Haward sofreu um mal estar e teve de ser internado, um filme num smartphone com a apresentação chega ás televisões e ele volta a ser convidado para entrevistas na televisão e para shows em Las Vegas, onde pela primeira vez em mais de cinco mil apresnetações não descobre onde está o dinheiro que ganhou, voltando a se apresentar no semi anonimato pelo interior dos Estados Unidos.
No filme aparecem  ainda homenagens e referências a estrelas do passado como Leonard Nimoy, Garu Oldman, Shirley MacLeine, Tom Arnold,  Johnny Carson, entre outros nomes famosos,  além da participação de George “Sr. Sulu” Takei, celebrizado e, Jornada das Estrelas, cantando "What the World Needs Now is Love", de Burt Bacharach e acaba confraternizando com Howard diante das câmeras de uma emissora de televisão, diante da eterna ilusão dos 15 minutos de fama na vida de cada um.(Kleber Torres)

Ficha Técnica

Título: The Great Buck Howard/A Mente que Mente
Gênero: Comédia Dramática
Direção: Sean McGinly
Roteiro: Sean McGinly
Elenco: John Makovich,Colin Hanks, Emily Blunt, Griffin Dune, Tom Hanks, Steve Zahn
Produção: Gary Goetzman, Tom Hanks
Fotografia: Tak Fujimoto
Trilha Sonora: Blake Neely
Duração: 90 minutos

Ano: 2008

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