Baseado numa
história real sobre o tempo, a velhice e a decadência, o filme ‘The Great Buck
Howard’, que no Brasil foi batizado como ‘A Mente que Mente’ é narrado a partir de Troy
Gable (Colin Hanks), um jovem desiludido com a vida acadêmica na faculdade de
Direito e que pretendia ser um escritor. Nesse ínterim, mesmo com a
desaprovação do pai (Tom Hanks), ele busca um emprego como produtor artístico e
passa a trabalhar com Buck Howard (John Malkovich), que se apresenta como
mentalista de sucesso nos anos 70, mas que depois de 40 anos nos palcos,
sobrevive fazendo pequenos shows e apresentações mambembes em pequenas cidade e nos bairros no ocaso de
sua carreira.
Howard ainda
vive da fama de mais de 60 aparições no
programa Tonight Show, com Johnny Carson, onde não aparece nos últimos
10 anos e como estrela de shows em Las Vegas. Ao acompanhar o mentalista, Troy passa como seu gerente de produção a descobrir
a magia da vida e a mentira por trás dos palcos, onde o artista mesmo em decadência
tem de manter as aparências e o glamour do estrelato, o Buck Howard faz com o
uso clichês, de frases feitas e com um peculiar e balançado aperto de mãos.
O filme
revela que Howard numa primorosa interpretação de Malkovich não usava a expressão mágico, e se apresentava como um mentalista, um artista eclético, que
misturava em seus shows uma espécie de stand up sem muito humor associado com números de magia
e um faro especial para saber onde estava o dinheiro recebido pelo espetáculo e
que era escondido por uma pessoa do público.Ele também fazia hipnose e adivinhava
números.
‘A Mente que
Mente” foi em realidade baseado numa história real de um mentalista, George Joseph Kresge, que ficou
conhecido nos anos 70 como The Amazing Kreskin. Kreskin a comandar um programa de
televisão que foi ar entre 1971 e 1975, e que era conhecido como The
Amazing World of Kreskin. Já personagem Troy Gabel é o alter ego do próprio
diretor e roteirista Sean McGinly, que foi, durante algum tempo diretor e
assistente de produção do fantástico Kreskin quando transitava justamente da
fama para o ocaso e a quem o filme também é dedicado. Tanto Kreskin como Howard
negavam que usavam ponto para saber onde estava o dinheiro escondido no palco.
O super astro
Tom Hanks faz uma pequena participação e investiu na produção do filme. Ele
interpreta o pai do assistente de produção, só que na vida real os dois também são
pai e filho. Outro destaque na trama é Emily Blunt, que interpreta uma
assessora de imprensa que cuida da agenda de comunicação de Howard, o qual fez com que dezenas de
pessoas dormissem hipnotizadas durante
uma grande apresentação.
Mas o
espetáculo se frustra em consequência de um acidente de carro com uma figura
importante da cidade, atraindo a todos os jornalistas presentes no espetáculo de
mentalista e como depois do espetáculo Haward sofreu um mal estar e teve de ser
internado, um filme num smartphone com a apresentação chega ás televisões e ele
volta a ser convidado para entrevistas na televisão e para shows em Las Vegas,
onde pela primeira vez em mais de cinco mil apresnetações não descobre onde
está o dinheiro que ganhou, voltando a se apresentar no semi anonimato pelo
interior dos Estados Unidos.
No filme
aparecem ainda homenagens e referências
a estrelas do passado como Leonard Nimoy, Garu Oldman, Shirley MacLeine, Tom
Arnold, Johnny Carson, entre outros nomes famosos, além da participação
de George “Sr. Sulu” Takei, celebrizado e, Jornada das Estrelas, cantando
"What the World Needs Now is Love", de Burt Bacharach e acaba confraternizando
com Howard diante das câmeras de uma emissora de televisão, diante da eterna
ilusão dos 15 minutos de fama na vida de cada um.(Kleber Torres)
Ficha Técnica
Título: The
Great Buck Howard/A Mente que Mente
Gênero: Comédia
Dramática
Direção: Sean
McGinly
Roteiro: Sean
McGinly
Elenco: John
Makovich,Colin Hanks, Emily Blunt, Griffin Dune, Tom Hanks, Steve Zahn
Produção: Gary
Goetzman, Tom Hanks
Fotografia: Tak
Fujimoto
Trilha Sonora: Blake
Neely
Duração: 90
minutos
Ano: 2008
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