Com nova roupagem e os mesmos ingredientes de sangue e
violência, Dead Wish (Desejo de Matar) surge com um remake 44 anos após o
lançamento do
primeiro de uma série com sequência de
outros quatro filmes: Dead Wish 2, Dead WishIII,
Dead Wish IV – Crackdolmes e Dead Wish V – the Face of Death, que atraíram um público cativo durante um
período de duas décadas, estrelados
por Charles Bronson, dirigido por Michael Winner, no papel de Paul Kersey, um arquiteto que se transforma
num justiceiro depois do assassinato de sua mulher e do estupro da
sua filha por assaltantes.
Na nova
versão de 2017, depois de ter sua casa invadida por ladrões e a sua mulher Lucy
(Elisabeth Shue) assassinada por bandidos, além da filha Jordan
(Camila Morrone) gravemente ferida, o cirurgião Paul Kersey, um
profissional de saúde bem sucedido, agora interpretado por Bruce
Willis, passa a acompanhar a polícia nas investigações infrutíferas
para tentar capturar os criminosos, o que o leva a pensar numa forma de
vingança devido à lentidão da ação policial.
Ao perceber que a polícia jamais encontraria os
assassinos e que os casos de roubos e assassinatos faziam parte de uma extensa
lista de casos insolúveis em Chicago, uma cidade muito violenta segundo os comentários
recorrentes na imprensa local referenciada no filme, ele começa a traçar uma estratégia
de vingança. Primeiro, indo a uma casa de armas e munições, depois, surrupiando
a Glock de um marginal ferido. Assim, ele passa a usar a arma para combater a assaltos no bairro onde reside,
passando ser reconhecido como justiceiro encapuzado que age como um ceifador de
almas.
Posteriormente,
ao atender a um dos ladrões mortalmente ferido no hospital onde trabalhava, ele
recupera o seu relógio roubado durante o assalto e usando o seu celular, passa a caçar cada um dos integrantes da
quadrilha e no final monta um álibi para escapar das suspeitas dos policiais que
o investigavam como um justiceiro em ação numa das maiores e violentas cidades
americanas.
O remake dirigido
por Eli Roth, que assinou O Albergue
e trabalhou com Quentin Tarantino em Bastardos
Inglórios (2009), é atualizado agora
a partir de várias sequências com os registros dos atos de violência que viralizaram
via smartphone nas redes sociais, em paralelo ao uso de imagens estáticas que
se transformam em memes. Também recupera diálogos do grupo no Whatzapp.
Primando
pela ação e pela violência, Dead Wish inclui uma gama de cenas de ação marcadas pelos tiros em profusão, cirurgias
a seco e sem anestesia ou até com o uso de óleo de freio nos ferimentos provocados pelo cirurgião na tentativa de chegar aos integrantes da
quadrilha que matou a sua mulher e feriu a sua filha, tudo complementado com o
esmagamento de um dos assassinos que acaba transformado em uma massa informe de miolos e sangue
espalhados no chão de uma oficina mecânica, o que explica o título e irrita os críticos
da estética da violência pela violência cada vez mais banalizada e globalizada.(Kleber Torres)
Ficha técnica
Título: Desejo de Matar (Dead Wish)
Direção : Eli Roth
Roteiro: Scott
Alexander, Michael Ferris e Larry Karaszewski
Elenco
: Bruce Willis, Vincent D'Onofrio, Elisabeth
Shue, Camila Morrone, Jack
Kesy, Beau Knapp, Kirby Bliss Blanton, Mike Epps, Len Cariou, Kimberly Elise,
Ronnie Gene Blevins, Ian Matthews e Nathaly Thibault.
Música: Ludwig Göransson
118 minutos
EUA
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