sábado, 31 de janeiro de 2015

O mundo distópico de THX 1138






O cultmovie THX 1138 foi o primeiro  escrito e dirigido pelo diretor George Lucas, que teve como parceiro Walter Murch,  de American Graffiti, The Godfather e Apocalypse Now, na construção do roteiro.  O filme, de cunho experimental, conta a história de um casal vivendo uma sociedade distópica e reprimida por um regime autoritário,  instalada num subterrâneo inteiramente controlado por computadores e policiais, mas num local e época indefinidos do futuro.
A sociedade retratada no filme aponta para uma visão pessimista do futuro marcado por um sistema de poder autoritário em que os habitantes são vigiados por andróides e computadores, obrigados a consumir drogas e onde toda a forma de emoção foi banida, inclusive o relacionamento sexual entre as pessoas e a reprodução.
Nesse universo as pessoas são obrigados a realizar apenas tarefas rotineiras e cotidianas, como ver televisão ou fazer sexo virtual com hologramas. As drogas são usadas para manter o funcionamento do sistema e  eliminar as tensões sociais ou o desejo das pessoas. O  filme tem similaridade com 1984 de George Orwell;  com o Admirável Mundo Novo, de Aldous Huxley; com Metropolis, de Fritz Lang e Blade Runner, o Caçador de Andróides, de Ridley Scott.
No filme as pessoas dirigem carros supervelozes e de design futurista, cultivam o consumo supérfluo e frequentam túneis e shoppings centers, onde compram artigos sem qualquer utilidade, baratos e de duração efêmera, o que se parece de cera forma com os consumidores de nosso tempo e geração. Nele,  as máquinas e computadores  estão em toda parte, e andróides sem rosto vestidos de policiais zelam pela segurança e execução irrestrita das leis.
THX 1138  é intrepretado por Robert Duvall, um homem sem nome como os seus pares, careca e sempre vestido de branco, com roupas impecavelmente limpas e assépticas. Ele trabalha em uma usina nuclear, vivendo a mesma rotina dos  demais habitantes, o  inclui a  ida a um confessionário cibernético do Estado, o OMM 0910, que lhe recomenda: "trabalhe duro, aumente a produção, previna  acidentes, e seja feliz”, como solução de seus problemas, além de sugerir o consumo rotineiro de drogas.
Os problemas começam quando  a sua companheira LUH 3417, interpretada por Maggie McOmie, para de tomar suas drogas. Ela também substitui os medicamentos de THX por um placebo, o que faz aflorar os desejos sexuais do companheiro e a descoberta inevitável do amor. I casal se  apaixona, e quando a mulher descobre que está grávida, ambos decidem fugir busca da liberdade, com a ajuda de SEN 5241 (Donald Pleasence) e SRT, um holograma, o que resulta numa longa perseguição que só  acaba, porque o orçamento de seu processo foi excedido, e ele sozinho, acaba alcançando a superfície, um lugar onde seu destino é incerto, mas tem como compensações a descoberta do sol com o seu esplendor e a conquista da liberdade, que afinal não tem preço.
O filme é um desdobramento de um curta metragem com o titulo Electronic Labyrinth: THX 1138 4EB, realizado por Lucas em 1967, quando ele cursava cinema na University of Southern California. RHX 1138, e rodado quatro anos depois,  como resultado uma parceria entre o estúdio Warner Brothers e a American Zoetrope, de Francis Ford Coppola, que assina a produção.
THX 1138 foi lançado em um restrito circuito não comercial e nunca teve sucesso de bilheteira, talvez pela sua abordagem densa e pela temática futurista. Até hoje é considerado um filme difícil, que só obteve sucesso e passou a ser considerado cultmovie após a consagração de Lucas com a série Star Wars, que o projetou em escala global.
Vale lembrar que como a produção exigia que todos os artistas fossem carecas, o supervisor do elenco  Ron Colby  visitou uma clínica de reabilitação de drogas de San Francisco e  pagou aos pacientes US $ 15 por cabeça respada incluindo-os na equipe dos  extras do filme que foi rodado nos  túneis ainda em construção da área da Bahia de  San Francisco.
Também como parte das conversas de fundo ouvida em todo o filme, um dos dubladores improvisados disse durante a perseguição a THX: "Eu acho que ele atropelou uma Wookiee", cunhando um nome criatura Lucas usaria em Star Wars.(Kleber Torres)

Ficha técnica

Direção: George Lucas
Música: Lalo Schifrin
Roteiro: Walter Murch, George Lucas
Elenco: Robert Duvall, Maggie McOmiem Don Pedro Colley, Donald Pleasence e Sid Haig
Ano: 1971

Duração: 95 minutos

sábado, 17 de janeiro de 2015

Aguirre entre o poder e a loucura divina





O filme Aguirre, der Zorn Gottes (Aguirre, a Cólera dos Deuses) é drama histórico dirigido por Werner Herzog e que tem como destaque Klaus Kinsk, que interpreta Aguirre, um homem obcecado pelo poder e que acaba envolvido pelos meandros da loucura. O elenco traz ainda  Ruy Guerra ( Don Pedro de Urzúa)  e Helena Rojo (Ines de Artienza) num drama histórico e que reconstitui uma lenda sobre a conquista da Amazônia e a busca do El Dorado.
O filme tem como referência uma expedição de conquistadores espanhóis enviados por Gonzalo Pizarro, governador de Quito, em busca de El Dorado, uma lendária cidade de ouro e das riquezas em profusão. No filme, um grupo de 40 homens entre espanhóis e indígenas comandados por Dom Pedro de Urzúa e Lope de Aguirre se desloca em balsas através de um grande rio, possivelmente o Amazonas, na busca desta terra encantada.
O roteiro tem por base a narrativa do diário do Frei Gaspar de Carvajal, que teria participado da fracassada expedição ao El Dorado e que se perdeu na floresta. O filme relega a um segundo plano o aspecto meramente histórico e circunstancial para se concentrar na proposta do  diretor Herzog, ao  mostrar as consequências psicológicas e morais para homens em situações de stress, confrontados com índios selvagens, uma terra inóspita e pela proximidade imediata da morte. O contraponto seria a sede de poder e de riqueza do  El Dorado.
No filme que começa em janeiro de 1561, um dos personagens constata que a vida humana é uma erva levada pelo vento e no dia 7 janeiro, D. Fernando Guzman (Peter Berling), que num golpe articulado por Aguirre passa a ser o Rei do El Dorado, rompe os laços com a coroa espanhola.  Ferido numa disputa interna e alijado do poder, D. Urzúa é defendido pela sua mulher, mas acaba condenado a morte por enforcamnento e depois é perdoado num gesto de magnanimidade pelo  por D. Fernando, o que desgosta o seu padrinho e antagonista Aguirre, que atua sempre nos bastidores.
Com a criação do novo reino, um dos personagens, Okello (Edward Roland) constata que todos vão ganhar com o novo governo quer na distribuição  cargos ou salários e na partilha do poder  numa terra seis vezes maior que a Espanha, mas que uma imensa floresta tropical inacessível e inóspita.
Aguirre aos poucos vai assumindo o controle do poder e em função das mortes e deserções ameaça cortar em 198 pedaços a aquele  que pensar em fugir e que se for alcançado será preso por 155 anos, porque “eu sou a cólera dos deuses. O poder  e a glória,” enfatiza com a empáfia dos autoritários e ditadores.
A trama se desenrola do espaço de 48 dias, mais precisamente no período entre 6 de janeiro a 22 de fevereiro de 1561 e termina com a morte de um a um dos integrantes da expedição, muitos  vendo miragens e barcos nas árvores, enquanto Aguirre no auge da loucura  promete em seus sonhos conquistar Trinidad e o Mèxico, numa outra e impossível expedição.
O filme Aguirre marca o início  de uma conturbada, mas bem sucedida parceria de 15 anos entre o ator Klaus Kinski com o diretor Werner Herzog, que  teve também como destaque o filme Fitzcarraldo, a história de Brian Sweeney Fitzgerald, um sonhador incorrigível, com a participação de Jose Lewgoy e Grande Otelo. Aguirre foi filmado em cinco semanas, com locações no Peru e no Rio Amazonas, também o mesmo cenário de Fitzcarraldo.(Kleber Torres)

Ficha técnica:
Aguirre, a cólera dos deuses /  Aguirre, der Zorn Gottes
Direção e roteiro:Werner Herzog
Elenco: Klaus Kinski – Aguirre;  Helena Rojo - Ines de Artienza; Ruy Guerra -Don Pedro de Urzúa; Del Negro - padre Gaspar de Carvajal; Peter Berling - Don Fernando de Guzman; Cecilia Rivera - Florés de Aguirre; Daniel Ades – Perucho e Edward Roland - Okello
Género: drama histórico
Nacionalidade: Alemanha Ocidental
Ano : 1972


Duração: 110 minutos


domingo, 11 de janeiro de 2015

O dinheiro fácil versus globalização




As pessoas julgam que a globalização significa a universalização da informação, com uso da tecnologia em tempo real, integração econômica, aumento de circulação de riquezas  ou o acesso ao mercado de consumo, mas ela é mais abrangente e transcende aos limites meramente políticos, culturais, ideológicos e religiosos. A trilogia de filmes suecos Snabba Cash (Dinheiro Fácil) supera estes limites e mostra o lado inverso da questão da globalização através da violência, do tráfico de drogas e da guerra não apenas de quadrilhas, mas entre grupos interraciais marginalizados um processo que envolve suecos, sérvios, albaneses,russos, iuguslavos, árabes e latinos num país que seria de primeiro mundo.
O primeiro filme Snabba Cash I, filme de Daniel Espinosa, rodado em 2010, é centrado em três personagens que giram em torno das drogas e do crime organizado, tendo o maior foco em Joel Kinnaman, que interpreta JW-Johan-, um jovem promissor estudante de economia, que vive sozinho numa residência estudantil e faz trabalhos sujos para arranjar dinheiro rápido para sustentar sua vida paralela entre os jovens ricos de Estocolmo.
Ele encontra uma oportunidade de fazer muito dinheiro quando se envolve com um traficante de cocaína e passa a intermediar a operação de lavagem de dinheiro com apoio de um banco em dificuldades. O outro personagem paralelo é Matias Padim Varela, que interpreta Jorge, um traficante que foge da cadeia e que tem ligações com um cartel de distribuição de drogas latino-americano, a quem JW salva de uma execução.
Os dois enfrentam o mesmo rival, Radovan, interpretado por Dejan Cukic, que comanda uma máfia eslava e tenta eliminar Dragomir Masic, o Mado, numa disputa pelo poder. Radovan  também tem diferenças com os árabes como Fares Fares, que interpreta Mahamoud, ovelha negra de uma família que fugiu da repressão política e religiosa no Oriente Médio e outros grupos concorrentes ligados ao tráfico e ao lenocínio.
No filme os personagens têm um ponto em comum: são originários de famílias desajustadas e desagregadas. Todos vivem o dia a dia na ponta da navalha, envolvidos em negócios ilícitos, inclusive no planejamento de assassinatos, tráfico e até assaltos, que acabam muitas vezes não dando certo  Todos são em essência pessoas descartáveis, produtos de uma sociedade de consumo e em que ninguém faz falta, enquanto a vida, igualmente, não tem razão e nem sentido. O filme é baseado no livro de Jens Lapidus e a música é de Jon Ekstrand.

Ficha Técnica:
Dinheiro Fácil  / Snabba Cash
Elenco: Joel Kinnaman – JW; Matias Varela – Jorge; Alexander Stocks – Fredrik; Annika Ryberg Whittembury – Paola; Dejan Cukic -  Radovan; Fares Fares Mahmoud
Direção  : Daniel Espinosa (I)
Ano produção         2010
Duração: 120 minutos
Origem:        Suécia

O filme Snabba Cash 2, batizado em português como Dinheiro Fácil 2, em sua tradução literal, tem a assinatura de um outro diretor, Babak Najafi.  Tudo começa quando JW (Joel Kinnaman,que interpreta o protagonista de "RoboCop", do diretor brasileiro José Padilha) está para sair da prisão, decidido a levar uma vida honesta depois de um longo período de provação. Mas, assim que deixa a cadeia, sua antiga gangue volta a procurá-lo, na Suécia, um país baseado em rotinas e onde os estrangeiros se ocupam de trabalhos braçais ou operam o mundo do crime.
Mohamed (Fares Fares) chega a roubar a sua própria famila para quitar uma dívida de 300 mil coroas com Radovam, que o compromete com a execução de Jorge ( Matias Varela). O filme também é marcado pelo machismo, misoginia e pela violência exagerada em função da disputa por território e pela distribuição de drogas.  

Ficha Técnica:
Dinheiro Fácil II  / Snabba Cash
Elenco: Joel Kinnaman – JW; Matias Varela – Jorge; Alexander Stocks – Fredrik; Annika Ryberg Whittembury – Paola; Dejan Cukic -  Radovan; Fares Fares Mahmoud e Dragomir Mrsic
Direção  : Babak Najafi
Ano produção         2012
Duração:  99 minutos
Origem:        Suécia


Snabba Cash - Livet Deluxe  marca o final da trilogia "Dinheiro Fácil". Neste terceiro filme, JW vive  exilado e está determinado a descobrir o que aconteceu com Camilla, sua irmã desaparecida, assassinada a mando de Radovan. Como as pistas o levam novamente para o submundo de Estocolmo, na Suécia ele prepara uma vingança que resulta na morte do responsável pelo assassinado do seu irmão e na perda do poder econômico do seu grupo.
O grupo de Radovan também é investigado por um policial infiltrado interpretado por  Martin Wallström, que atua no desmonte do crime organizado e acaba descoberto pela filha do mafioso, Natalia que acaba assumindo o comando dos negócios da família. Enquanto isso, Jorge fará o seu último trabalho, um assalto que poderá deixá-lo sossegado para o resto da vida, mas se expondo nas mãos de inimigos ardilososos. O filme termina com vinganças, morte e surpresas, afinal de contas o crime de certa forma também compensa.(Kleber Torres - do livro Navio de Teseu e Outros Paradoxos)

Ficha técnica:
Snabba Cash - Livet Deluxe
Direção: Jens Jonsson
Elenco: Joel Kinnaman – JW; Matias Varela – Jorge;  Martin Wallström – Martin Hallgeström;  ; Dejan Cukic -  Radovan; Malim Buska –Natália Krajnic; Cedomir Djordjevic – Stefanovic; Sasa Petrovic –Dragam e Pablo Leiva – Pablo
Música – Jon Ekstrand
Ano produção -       2013

Origem:        Suécia

sábado, 10 de janeiro de 2015

Nebraska








Velhice, decadência, pobreza, ambição e esperança, a última que morre, formam o eixo central de Nebraska, um filme que  nos mostra a saga de Woody Grant, um velho que acredita ingenuamente ter ganho um milhão de dólares numa jogada de marketing de uma empresa de alimentação, e que consegue o apoio de um dos filhos e da família para buscar o prêmio em Lincoln, que fica a cerca de 1,5 mil quilômetros e  a três estados de distância de Billings, no Montana onde reside.O filme também registra uma passagem em Howthorne, onde nasceu e onde estão as suas memórias e enterrada a história da família sem passado e ao mesmo tempo sem futuro.
O filme em preto e branco, começa mostrando um velho sem rumo numa estrada e sendo abordado por um policial e entregue aos cuidados dos seus familiares. Como não dirige mais, ele continua tentando a viagem a pé, o que causa preocupações para a  sua família e sensibiliza a um dos filhos, o David,  que pede licença do emprego numa empresa de produtos eletrônicos, para empreender essa maratona.
A trajetória entre Montana e Nebraska também permite visualizar como pano de fundo a crise social e econômica americana, com desemprego, precarização do trabalho e a falta de horizontes para pessoas desocupadas e sem acesso ao mercado de consumo. Assim, as pessoas dividem o tempo assistindo televisão em família ou indo para os bares.
A viagem permite ao mesmo tempo que  o pai e o filho  passem mais  tempo juntos e se descubram como pessoas em universos diferentes. A busca do prêmio representa a necessidade de um objetivo na vida mesmo para quem é idoso e ao mesmo tempo, permite uma revisão critica da vida, dos valores,  bem como dos parâmetros entre o sucesso e o fracasso medidos a partir de padrões meramente econômicos e financeiros impostos pela sociedade de consumo.
Na visita ao Monte Rushmore, em Keystone, na Dakota do Sul, onde estão esculpidos os rostos de quatro presidentes dos Estados Unidos, o velho Woody dá mostras da sua lucidez – que vinha sendo questionada pela mulher e pelos próprios filhos – ao comentar que a obra estava inacabada e incompleta. Ele observa que Jorge Washington, primeiro presidente era o único que parecia vestido e que a orelha de Abraão Lincoln não aparecia.
Woody também se reafirma como cidadão ao justificar que serviu ao seu pais – lutou na guerra da Coreia, paga os seus impostos e tem o direito de fazer o que quiser. Na parada em Hawthorne, há um reencontro entre irmãos, tios e sobrinhos, mas inicialmente na cidade ninguém o reconhece, não há lembranças suas nem mesmo na velha oficina onde foi sócio.No bar, onde  passa a beber em companhia do filho, Woody também descobre um velho amigo que  e dá vazão à notícia de que ficou milionário que se espalhou de imediato numa comunidade pequena e ávida por noticias.
A partir daí o tratamento das pessoas em relação ao anônimo Woody muda. A casa da família enche e ele passa a ser  tratado como milionário e celebridade, até mesmo num almoço com a mulher e o filho num restaurante onde é aplaudido por desconhecidos. Também um amigo e familiares, que o exploraram no passado, passam a querer participar da divisão da suposta fortuna cobrando alegadas dívidas inexistentes ou até sob ameaças e intimidação, mostrando a outra face da ambição, da ganância e da falta de escrúpulos.
O filme tem como pano de fundo um diálogo coerente entre os personagens e evidencia reflexões sobre a vida, a família, o presente e o futuro. Mas a questão fundamental do drama não se trata da pretensa fortuna de um milionário caduco, mas do tempo que resta para um idoso, das suas oportunidades e exepctativas.
Vale observar que a grande  maioria dos atores é formada por pessoas idosas, que integram uma grande família, ficando o destaque para a interpretação de Bruce Dern, que interpreta um homem rude, desajeitado e de poucas palavras monossilábicas. Ele espera no suposto prêmio não a riqueza, mas a melhoria econômica da família, ou seja, comprar uma pick-up e um compressor para pintar as coisas em casa, e com o resto fazer uma poupança. Com isso afastaria o temor da pobreza e do desamparo no final da sua vida.
O filme une a direção do competente Alexander Payne , que constrói uma narrativa bem humorada e ao mesmo tempo com densidade dramática  na medida certa. Cabe a Mark Orton a trilha sonora  essencialmente country e que se adéqua ao cenário de um movie road.
Outro destaque cabe a atriz June Squib, que interpreta Kate, a matriarca da família, uma velhota desbocada que fala pelos cotovelos, com uma postura autoritária e sem papas na língua, mas mostra uma visão critica da realidade a da história da família. Os atores Will Forte e Bob Odenkirk interpretam os filhos David e Ross, que acompanham o drama do pai beberrão, compreendendo os  problemas de um homem que não sabia dizer não a ninguém e o engodo  de ser milionário simplesmente por acreditar nas pessoas e na falsidade propaganda enganosa. (Kleber Torres - do livro Navio de Teseu e Outros Paradoxos)

Ficha técnica
Indicações: Oscar de melhor filme, Oscar de melhor ator, mais
Prêmios: Prêmio Independent Spirit de Melhor Primeiro Roteiro, Satellite Award de melhor atriz coadjuvante no cinema
Titulo Nebraska
Diretor: Alexander Payne
Elenco: Bruce Dern, Woody Grant; Will Forte, David Grant; June Squibb, Kate Grant; Bob Odenkirk, Ross Grant; Stacy Keach; Ed Pegram; Rance Howard, Uncle Ray; Devin Ratray,  Cole e Angela McEwan, Peg Nagy
Roteiro: Bob Nelson
Diretor de fotografia:         Phedon Papamichael

Música composta por: Mark Orton