Nem tudo está perdido para o cinema no ano de 2020,
que paralisou a produção e lançamento de filmes em função do avanço do novo
coronavírus, mas se de um lado fechou as salas de cinema numa escala global,
por outro, abriu as portas para o
lançamento de filmes em plataformas de streaming para alugar em
resposta pandemia de covid-19.
No caso de Invisible
Man (O Homem Invisivel), filme de ficção científica e terror, ele foi escrito e dirigido pelo cineasta Leigh Whannel, que
trabalhou numa ideia a partir do romance de H.G.Wells, publicado em 1897, com
um orçamento de US$7 milhões e conseguiu um faturamento de US$ 128,5 milhões,
além de elogios da crítica que podem valer indicações para o Oscar. O filme de
sabor hitchcokiano mostra que as boas ideias não envelhecem, e se prestam a releitura
criativas.
A
ideia central e com cenários ambientados no século XXI, tem como base remake de um filme lançado em 1933, Invisible
Man, James Whale considerado um clássico preservado pela cinemateca do
Congresso Americano e que teve desdobramentos em 1944, The Invisibel Man’s
Revange, dirigida pelo cineasta Ford Bebee. Na versão atual de Leigh Whannel, Cecilia "Cee" Kass (Elisabeth Moss) vítima
de um relacionamento abusivo e tóxico, foge da
mansão de seu namorado Adrian Griffin
(Oliver Jackson-Cohen), um rico cientista especializado na área de ótica, drogando-o
com diazepan.
Duas semanas depois da fuga, Cecilia ainda traumatizada pelo relacionamento
abusivo, encontra abrigo na casa de seu amigo de infância James Lenier (Aldis
Hodge), que é policial, e sabe, através do irmão de Adrian, o advogado Tom
Griffin (Michael Dorman), a notícia que seu ex-companheiro se matou. Neste
interim, ela perde a contratação por uma empresa ao desmaiar num entrevista em consequência
do uso do mesmo medicamento que usou para dopar o ex-companheiro.
O presumível morto, cujas cinzas estão numa urna no
escritório do advogado, deixa no seu testamento
US$5 milhões para a ex-companheira, na condição de Cecilia não ser considerada
mental ou fisicamente incapaz, nem que se envolva num crime de morte. Ela abre
uma conta especial para ajudar a custear a faculdade da filha do amigo e
protetor James Lenier.
Mas os acontecimentos que se sucedem acabam a envolvendo na morte
de sua irmã Emily, com quem jantava em um restaurante, assassinada com um golpe de faca na garganta. Cecilia
acaba internada em um sanatório, suspeitando que o ex-companheiro ainda está
vivo e a persegue continuamente, depois de ter encontrado uma forma de ficar
invisível. A mulher também perde direito à herança e poderá ter os
benefícios restituídos se aceitar ter um filho do cientista.
Ela acaba descobrindo que Tom tinha envolvimento na farsa, que Adrian Griffin ainda está vivo e no final, tem um reencontro com o ex-companheiro para negociar a gestação de um filho e selar uma paz definitiva. Tudo termina de uma maneira imprevista como nos filmes do velho Alfredo Hitchcock, um mestre do suspense e que deixou sua marca e ideias na história do cinema.(Kleber Torres)
Ficha técnica:
Título : The Invisible Man (O
Homem Invisível)
Diretor e Roteiro – Leigh Whannel
Elenco: Elisabeth Moss, Oliver Jackson-Cohen, Aldis Hodge, Storm Reid, Harriet
Dywer e Michael Dorman
Gênero
: Ficção Científica e Terror
2020
115
minutos
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