domingo, 8 de novembro de 2020

A nova releitura do clássico Homem Invisível de H.G.Wells

 



Nem tudo está perdido para o cinema no ano de 2020, que paralisou a produção e lançamento de filmes em função do avanço do novo coronavírus, mas se de um lado fechou as salas de cinema numa escala global, por outro,  abriu as portas para o lançamento de filmes em plataformas de streaming para alugar em resposta  pandemia de covid-19.

No caso de Invisible Man (O Homem Invisivel), filme de ficção científica e terror, ele foi escrito  e dirigido pelo cineasta Leigh Whannel, que trabalhou numa ideia a partir do romance de H.G.Wells, publicado em 1897, com um orçamento de US$7 milhões e conseguiu um faturamento de US$ 128,5 milhões, além de elogios da crítica que podem valer indicações para o Oscar. O filme de sabor hitchcokiano mostra que as boas ideias não envelhecem, e se prestam a releitura criativas.

A ideia central e com cenários ambientados no século XXI, tem como base  remake de um filme lançado em 1933, Invisible Man, James Whale considerado um clássico preservado pela cinemateca do Congresso Americano e que teve desdobramentos em 1944, The Invisibel Man’s Revange, dirigida pelo cineasta Ford Bebee. Na versão atual de Leigh Whannel, Cecilia "Cee" Kass (Elisabeth Moss) vítima de um relacionamento abusivo e tóxico, foge da mansão de seu namorado  Adrian Griffin (Oliver Jackson-Cohen), um rico cientista especializado na área de ótica, drogando-o com diazepan.

Duas semanas depois da fuga, Cecilia ainda traumatizada pelo relacionamento abusivo, encontra abrigo na casa de seu amigo de infância James Lenier (Aldis Hodge), que é policial, e sabe, através do irmão de Adrian, o advogado Tom Griffin (Michael Dorman), a notícia que seu ex-companheiro se matou. Neste interim, ela perde a contratação por uma empresa ao desmaiar num entrevista em consequência do uso do mesmo medicamento que usou para dopar o ex-companheiro.

O presumível morto, cujas cinzas estão numa urna no escritório do advogado,  deixa  no seu  testamento US$5 milhões para a ex-companheira, na condição de Cecilia não ser considerada mental ou fisicamente incapaz, nem que se envolva num crime de morte. Ela abre uma conta especial para ajudar a custear a faculdade da filha do amigo e protetor James Lenier.

Mas os acontecimentos que se sucedem acabam a envolvendo na morte de sua irmã Emily, com quem jantava em um restaurante,  assassinada com um golpe de faca na garganta. Cecilia acaba internada em um sanatório, suspeitando que o ex-companheiro ainda está vivo e a persegue continuamente, depois de ter encontrado uma forma de ficar invisível. A mulher também perde direito à herança e poderá ter os benefícios restituídos se aceitar ter um filho do cientista.

 Ela acaba descobrindo que Tom tinha envolvimento na farsa, que Adrian Griffin ainda está vivo  e no final, tem um reencontro com o ex-companheiro para negociar a gestação de um filho e selar uma paz definitiva. Tudo termina de uma maneira imprevista como nos filmes do velho Alfredo Hitchcock, um mestre do suspense e que deixou sua marca e ideias na história do cinema.(Kleber Torres)



 

Ficha técnica:

 

Título : The Invisible Man (O Homem Invisível)

Diretor e Roteiro – Leigh Whannel

Elenco: Elisabeth Moss, Oliver Jackson-Cohen, Aldis Hodge, Storm Reid, Harriet Dywer e Michael Dorman

Gênero : Ficção Científica e Terror

2020

115 minutos

Nenhum comentário:

Postar um comentário