quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Deus e o Diabo na Terra do Sol abre o Festival de Cinema de Brasília





A exibição do antológico  Deus e o Diabo na Terra do Sol, de Glauber Rocha, que completa 50 anos de lançamento, marcou a abertura do 47º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro na noite de terça-feira(16). A obra  considerada um clássico pelos críticos e foi indicado à Palma de Ouro no Festival de Cannes em 1964.
Paloma Rocha, filha de Glauber, agradeceu a homenagem  em nome dos familiares do cineasta  declarando que  “ a recebo com carinho e orgulho. Acho que Deus e o Diabo abrir esse festival é uma honra”. Ela elogiou a retomada do antigo formato do festival, em que os filmes competem sem a separação em gênero, privilegiando a autoria, a invenção e a qualidade dos filmes que estão em competição.
Além da exibição  do filme, com  a apresentação de uma cópia inteiramente restaurada, quem esteve na abertura acompanhou a apresentação de uma orquestra de câmara integrada  por músicos da Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Claudio Santoro, que sob a regência do maestro Cláudio Cohen, interpretaram  a Bachiana nº 5, de Heitor Villa-Lobos e Perseguição, de Sergio Ricardo, que  integram a trilha sonora do filme.
Sinopse
O filme rodado na Bahia, conta a história do cangaceiro Manuel e sua mulher Rosa,que são obrigados a viajar pelo sertão, após ele ter matado o patrão. Em sua jornada, eles acabam cruzando com um Deus negro, um diabo loiro e um homem temível que seria um coronel que se recusava a perder o controle politico e econômico da comunidade onde vivia.
Deus e o Diabo na Terra do Sol é considerada uma obra-prima do polêmico Glauber Rocha, um dos mais importantes cineastas brasileiros da história,que considerava fundamental uma ideia na cabeça e uma câmara na mão. Ele também nos legou uma obra literária inclusive com o Riverão Susuarana, seu  único romance, onde  a procura reinventar numa aventura joyceana a língua portuguesa, criando vocabulários e uma nova sintaxe.(Kleber Torres)
Ficha técnica
Direção: Glauber Rocha
Roteiro: Glauber Rocha
Gênero: Drama
Elenco: Othon Bastos , Geraldo Del Rey , Sonia Dos Humildes, Maurício do Valle, João Gama  e  Yoná Magalhães
Duração: 115 minutos


Programação

O coordenador-geral do festival, Miguel Ribeiro, lembrou que, nesta edição, as exibições e atividades do  47º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro ganharam novos espaços e mais quatro cidades do Distrito Federal participam da programação: Taguatinga, Gama, Sobradinho e Ceilândia.
A programação contempla a exibição de filmes das diferentes regiões do país, mostrando um panorama da produção atual do cinema brasileiro,com apresentação de seis longas-metragens e 12 curtas,além de abrir espaço para debates e seminários, sobre   O Papel das TVs Públicas e Privadas no Desenvolvimento de Políticas Locais, amanhã(18) e sobre a Produção Independente,na segunda feira (22).

Programação de hoje (17)
10h - Cine Brasília, CG do Gama, Sesc Ceilândia, Teatro da Praça-Taguatinga e Teatro de Sobradinho
Festivalzinho (filmes para crianças), para escolas agendadas - Programação I

14h30 - Museu Nacional da República, auditório II, entrada franca
Seminário - Políticas pública para o audiovisual
com Manoel Rangel (Diretor-presidente da Ancine) e Hamilton Pereira (Secretário de Estado de Cultura do DF).

15h30 - Museu Nacional da República, auditório II, entrada franca
Seminário - Financiamento de projetos e novos formatos
Palestrantes: Felipe Vogas (Superintendente de fomento - Ancine) e Mário Borgneth (Secretário do Audiovisual do Ministério da Cultura).

16h - Cine Brasília, entrada franca
Mostra Reflexos do Golpe: O caso dos irmãos Naves (1967), de Luiz Sérgio Person. Com Anselmo Duarte, John Herbert, Juca de Oliveira, Raul Cortez, Sérgio Hingst. Ficção, p&b, 85 min, 14 anos.

16h - CG do Gama, Sesc Ceilândia, Teatro da Praça de Taguatinga e Teatro de Sobradinho
Mostra Luta na Tela: Quase dois irmãos (2004), de Lúcia Murat. Com Caco Ciocler, Flávio Bauraqui, Werner Schünemann, Antônio Pompêo, Maria Flor. Ficção, cor, 102 min, 16 anos.

18h - Museu Nacional da República, auditório I, entrada franca
Mostra Eduardo Coutinho: Santo forte (1998). Documentário, cor, 80 min, 16 anos.

19h - Museu Nacional da República, auditório II, entrada franca
Mostra Horizonte Brasil: Porto das Caixas (1962), de Paulo Cezar Saraceni. Com Irma Álvarez, Margarita Rey, Paulo Padilha, Reginaldo Faria. Ficção, p&b, 80 min, 14 anos.

20h - Museu Nacional da República, auditório I, entrada franca
Mostra Continente Compartilhado – Coproduções latinas: Artigas - La Redota (Uruguai, Brasil, 2011), de Cesar Charlone. Com Jorge Esmoris, Yamandú Cruz, Franklin Rodríguez, Gualberto Sosa e Rodolfo Sancho. Ficção, cor, 118 min, 14 anos.

20h30 - Cine Brasília (R$ 6 e R$ 12)
Mostra competitiva de curta-metragem: Loja de répteis (PE), 2014, de Pedro Severien. Com Fransergio Araujo, Maeve Jinkings, Giordano Castro, Cintia Lima. Ficção, cor, 17 min, 16 anos. Bashar (SP), 2014, de Diogo Faggiano. Com Rami Jarrah Saleh Fekry. Documentário, cor, 18 min, 16 anos.
Mostra competitiva de longa-metragem: Sem pena (SP), 2014, de Eugênio Puppo. Documentário, cor, 87 min, 12 anos.

20h30 - CG do Gama, Sesc Ceilândia, Teatro da Praça-Taguatinga e Teatro de Sobradinho, entrada franca

Mostra competitiva de curta-metragem: Loja de répteis (PE), 2014, de Pedro Severien. Bashar (SP), 2014, de Diogo Faggiano. Mostra competitiva de longa-metragem: Sem pena (SP), 2014, de Eugênio Puppo.

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