domingo, 7 de abril de 2019

Os vampiros de Lincoln e a guerra de secessão





Um filme em  que a realidade se mistura com ficção e a própria  lenda, assim pode ser definido ‘Abraham Lincoln: Caçador de Vampiros’, dirigido pelo russo Timur Bekmambetov, mas que  não convence e parece um produto destinado para um público de adolescentes que gostam de filmes de terror e de aventura, manchados com muito sangue e adrenalina. O filme também reconstitui uma época histórica que inclui a guerra de secessão entre os anos de 1861 e 1865, dividindo os Estados Unidos entre Confederados e a União numa disputa fraticida que teve dos panos de fundo a libertação dos escravos.
Tudo começa quando o  menino Abraham Lincoln (Cameron M.Brown) jura vingar a morte da mãe, atacada por um vampiro.  Depois, já adulto, ele conta com a  ajuda de Henry (Domenic Cooper), um experiente caçador de vampiros, que o orienta para uma guerra sem quartel, em que  os vampiros planejam dominar os Estados Unidos. Nesta disputa, os vampiros também andam na luz do dia e possuem a capacidade de ficar invisíveis aos  olhos dos mortais.
“Nenhum homem que tenha vivido conhece mais sobre a vida depois da morte que eu ou você. Toda alegoria pós-morte simplesmente desenvolveu-se com base no medo, ganância, imaginação e poesia,”  esta frase de Edgar Allan Poe serve de referência básica para um roteiro que poderia ser mais criativo construído a partir do romance de Seth Grahame-Smith, que o assina em conjunto com Simon Kinberg.
No filme tudo acontece com rapidez e se num momento Abe é uma criança, logo depois, passa à categoria de caçador de vampiros e numa  sequência aparece como 16ª  presidente dos Estados Unidos. Na caçada aos vampiros Abraham Lincoln (Benjamin Walker) conta ainda com a ajuda do amigo Will (Anthony Mackie) e conhece a Mary Todd  Lincoln(Mary Elizabeth Winstead), com quem se casa e tem um filho. Como antagonistas aparecem os vampiros Adam (Rufus Sewell), numa possíverel ferência a um Adão reverso e Jack Burts  (Marton Csokas).
Mesmo com a produção de Tim Burton e de um grupo de associados, os efeitos especiais do filme deixam muito a desejar e são de qualidade duvidosa.  Entre os exemplos estão a destreza e a arte de Lincoln no uso de machados; a  cena que poderia ser antológica de uma disputa de Abe contra vampiros envolvendo uma tropa de cavalos ou mesmo a marcha de vampiros confederados  contra  as forças da União, com cenas a de ação mal cuidadas e construídas de forma amadorística.
‘Abraham Lincoln: Caçador de Vampiros’, dá outra versão para a morte do filho do presidente dos Estados Unidos e acrescenta  como contraponto a própria lenda de vampiros, mas acaband
o como um mero registro fantasioso e inverossímil de uma  época, que tem como cenário a história de Abraham Lincoln,  o qual se celebrizou por ter vencido a Guerra de Secessão contra os estados confederados e conseguido manter a unidade nacional de um país dividido  em torno da questão do fim da escravatura, mas acabou transformado num justiceiro com um machado enfrentando na sombras e até dia tamanho criaturas da noite, que às vezes ficam invisíveis nas lentes de uma câmera ou diante de um espelho. (Kleber Torres)

Ficha técnica:
Título : Abraham Lincoln: Vampire Hunter (Abraham Lincoln : Caçador de Vamapiros)
Direção : Timur Nekmambetov
Roteiro: Seth Grahame-Smith/ Simon Kinberg
Fotografia:  Caleb Deschanel  
Elenco: Benjamin Walker,  Anthony Mackie, Mary Elizabeth Winstead; Rufus Sewell, Marton Csokas, Domenic Cooper, Alex Lombard, Cameron M.Brown
Orçamento : US$ 69 milhões
Ano: 2012

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